terça-feira, 27 de maio de 2014

Entenda, é tudo novo pra mim. Nunca precisei tanto de alguém como preciso de você, nunca desejei tanto um sorriso como desejo o seu, nunca esperei tanto por um beijo como espero pelo seu. Eu nunca fui tão eu mesma como sou com você. Perdão se às vezes meu jeito infantil de reagir te assusta ou te incomoda. Repito, é tudo novo para mim. Sinto-me uma criança confusa diante desse sentimento, sinto-me frágil diante do medo de te perder, sinto-me pequena diante da perfeição que a cada dia descubro em você, sinto-me cega diante da luz e magia que flui naturalmente dos seus olhos e do seu sorriso. Eu não sei o porquê de tudo isso. Não compreendo a imensidão do meu desejo. Desculpe pela infantilidade que te amar despertou em mim.

Caio Fernando Abreu

Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos
- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.


Trecho retirado do poema "Com licença Poética", de Adélia Prado.

domingo, 18 de maio de 2014

Phill Veras




Gente hoje eu estava ouvindo umas músicas do Leo Fressato numa rádio e acabou aparecendo uma música linda, cantada por um rapaz muito talentoso chamado Phill Veras. Ouvi outras músicas dele e curti bastante. Como uma boa curiosa, fui procurar saber um pouco mais sobre ele e encontrei uma matéria muito boa Musicoteca. Olha só:
"A música não é apenas um som. Sua experiência sensitiva não pode limitar-se aos ouvidos. Não pode ser apenas esse o compromisso de um artista que escolhe a música para expressar suas emoções. Talvez seja esse o meu último aprendizado nesta relação tão apaixonante e prazerosa que insisto em viver com as canções das coisas e das pessoas.É diferente quando você conhece a música e desconhece sua fonte inspiradora, sua origem, ou mesmo sua real intenção. Isso não é ruim, e nem tem tanta importância assim. Sempre encontramos uma roupa para o nosso humor do dia, e as pessoas costumam usar as suas trilhas sonoras desta forma. O fato é que, estabelecemos outra percepção artística do que ouvimos/sentimos quando nos aproximamos um pouco mais de sua fonte, do seu autor, um pouco mais da sua vida até. As coisas caem um pouco no campo orgânico da vida, sem os ensaios e as luzes dos palcos. Não é uma relação comum entre público e artista, mas pode acontecer. E esse é o grande prazer de viver um pouco onde as coisas acontecem, onde as coisas nascem. E foi assim que vivemos o primeiro disco desse talentoso rapaz que tive o prazer de conhecer através da arte. Um jovem que tira da música a graça para entender suas ideias.Phill Veras é de São Luis do Maranhão, terra de meu querido Zeca Baleiro e da Marrom. Autodidata e disciplinado, desde os seus 14 anos não para de compor e criar suas melodias. Não foi ele que entrou na música, foi a música que entrou nele. E é possível perceber isso claramente na sua relação com a composição e até no encaixe com o violão e sua fácil adaptação musical em parcerias. Qualquer um faz um som com Phill Veras e vice versa. Fica claro que há uma força maior comandando tudo, e ela se chama música. Assim como toda sua geração, é nítida suas influencias, e não vamos falar delas e da repetição crítica e desgastada que vivemos hoje, na tentativa de enquadrar referências. Apontamos como talento, sua originalidade autoral, sua fácil transferência poética e simplicidade de nos colocar rapidamente dentro do seu universo sonoro. Sem o menor esforço. E ele só tem 21 anos."





Gente o estilo de é fantástico, é doce, suave, bom de ser ouvir!
Muita luz Phill, que seu nome ainda aparece muito no mundo da música (tô torcendo!).


Mas se lhe faltar amor
Eu digo pra ter paz
Vire um aviador
Voe rápido demais
Chegue logo aqui rapaz
Que ela também quer te olhar
Ela há tanto tempo pede pra você voltar
Mas você não ouve
Não responde
E eu fico a te esperar
Aviador - Léo Fressato

domingo, 4 de maio de 2014

Something Like Normal - Resenha

(Algo como o Normal)

Sinopse: Quando Travis volta para casa após sua passagem pelo Afeganistão, seus pais estão se separando, o irmão roubou sua namorada e seu carro, e ele é assombrado por pesadelos sobre a morte de seu melhor amigo. Isso não é nada até Travis encontrar Harper, uma jovem com quem teve uma relação complicada desde o ensino médio.É aí que a sua vida realmente começa a melhorar. E enquanto ele e Harper conhecem mais um do outro, ele começa a escolher o caminho entre o campo minado dos problemas familiares e do estresse pós-traumático à possibilidade de uma vida que pode parecer normal novamente. O senso de humor negro e o incrível senso de honra de Travis fazem dele um adorável, irresistível e eminentemente herói.

A história é contada por nosso protagonista, Travis. Ele tem 19 anos e acaba de voltar do Afeganistão, onde passou 7 meses servindo aos Fuzileiros Navais na guerra, Ao voltar para casa,  percebe que a guerra foi apenas uma batalha, afinal, seus pais estão se separando, seu irmão roubou-lhe a namorada e o carro e, pra completar, agora ele tem pesadelos constantes com seu Melhor Amigo, Charlie, que morreu durante a guerra.
Por sorte ele volta a encontrar Harper, uma garota encantadora que ele conhecia dos tempos de escola mas que vacilou feio com ela. Harper passa a ser uma grande amiga admirável e não demora para que sintam ao mais um pelo outro.
Como se não bastasse, sua ex continua a procurá-lo, mesmo estando namorando seu irmão e ele esteja afim de Harper, além as discussões calorosas com seu pai.
Travis é um cara doce, companheiro e engraçado, do tipo que deixa qualquer uma apaixonada, logo nas primeiras páginas. Vale muito a pena ler.
Mas ai fique na expectativa: O que aconteceu com a mãe de Travis? Com seus amigos? Ele se livrou dos pesadelos? E o relacionamento de seu irmão, continua? Muitas dúvidas ficaram... por isso mesmo não o considerei melhor, por ser curtinho. Afinal, a história tem muito potencial para uma continuação, portanto Trish Doller você ainda tem chance de me fazer dá 5 estrelinhas pra essa história!


Sem asas ao amanhecer - Resenha

O livro é autobiográfico conta a história de Luciana Scotti através de cartas que ela escreve para uma amiga (Juliana). Luciana é uma jovem mulher de 22 anos, linda, carismática, apaixonante, independente e recém-formada em farmácia pela USP. Trabalha na Colgate e conseguiu comprar seu próprio carro.
Tudo ia bem, certo? Mas devido a interação de uma medicação com algumas substâncias presentes no tabaco ela sofre um AVE- Isquêmico. Imagine uma jovem saudável e independente passar a ser tetraplégica e muda num piscar de olhos. Sim é duro de imaginar viver assim e acreditar que a vida pode melhorar.
No livro podemos sentir toda a dor, o medo e a revolta de Luciana (em algumas partes chega a ser bem deprimente). Aos poucos, Luciana vai compreendendo o sentido da vida e amadurece a cada página percebemos a transição da Luciana de antes do AVE para a nova Luciana.
Mas não pensem que a Luciana desistiu de tudo assim, de cara. Em algumas partes eu até pensei que ela faria, mas não. Luciana foi se superando aos poucos. Apensar das inúmeras dificuldades, ela conseguiu voltar a estudar (fez mestrado, doutorado e hoje é pesquisadora), escreve livros e dá palestras.
Cada dia uma nova vitória e uma nova superação. A vida pode ser muito mais do que o nosso espectro limitado pela mesmice. A vida é traiçoeira e linda de se viver. Essas são algumas mensagens que esse livro passa.  Ótimo livro!




“Não falo, mas dou cursos, palestras e defendo teses; mal seguro a caneta, mas faço provas digito com um dedo, mas escrevo livros...O que é limite? O que é impossível? Eu acredito que minha vontade não possui limites... Acredite nisso você também e se surpreenderá consigo mesmo!”
Luciana Scotti

Nota: Apensar de achar o livro muito bom, demorei bastante pra ler. Acho que porque ela Luciana é bem depressiva no começo, mas vale muito a pena.