Sinopse: Hazel é uma
paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha
encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o
último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em
todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um
garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos,
os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
(Bem,
há anos não escrevo uma resenha, então considero esta uma estreia. :p)
Eis
um dos livros mais lindos que já li: Ele é romântico, engraçado, tocante e
mostra, principalmente, o valor das coisas simples, a importância dos gestos (Sem
contar que o Augustus é um fofo!).
“Eu tinha quase certeza de nunca ter
visto aquele cara na vida. Alto e magro, mas musculoso, ele fazia a cadeira de
plástico, daquelas usadas em sala de aula, parecer minúscula. Cabelo acaju,
liso e curto. Parecia ter a minha idade, talvez um ano mais velho, e estava
sentado com o cóccix na beirada da cadeira, uma postura péssima, com uma das
mãos enfiada até a metade no bolso da calça jeans escura.”

“Andei até a
roda e me sentei ao lado do Isaac, a duas cadeiras do garoto. Olhei de novo,
rapidamente. Ele ainda me observava.
Na boa, vou logo dizendo: ele era um
gato. Se um cara que não é gato encara você sem parar, isso é, na melhor das
hipóteses, esquisito, e na pior, algum tipo de assédio. Mas se é um cara gato…
na boa…”
“— Podemos nos ver de novo?
— perguntou, e havia um nervosismo fofo na voz dele.
Sorri.
— Claro.
— Amanhã?
—
Paciência, Gafanhoto — aconselhei. — Assim vai parecer que você está ansioso
demais.
—
Exatamente. Foi por isso que falei‚ ‘amanhã‛. Quero
ver você de novo
hoje à noite.
Mas estou disposto a esperar a noite toda e boa parte do dia de amanhã.”
Este
livro me tocou profundamente. Refleti bastante, chorei como uma criancinha e ri
sozinha na madrugada. Apesar de várias tiradas "nerds" e reflexivas, John Green conseguiu tornar o livro fluido e envolvente. Nos mostra que não é preciso está dentro de padrões ou ser totalmente
perfeito para ser verdadeiro ou inesquecível. Mostra que tudo é possível e que
sempre há justiça e injustiça por ai afora. Mostra a dor e o sofrimento de pais
que sabem que podem perder sua filha a qualquer momento, os sacrifícios e
sofrimentos que uma doença como essa pode trazer para uma família, mas que,
ainda assim, conseguem ser felizes. Como?
Aproveitando cada momento que podem passar juntos.
"(…) Estou apaixonado
por você
e não quero me negar o
simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no
vácuo, e que o
esquecimento é
inevitável,
e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que
fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos
chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você."
“Todos
nessa história têm uma hamartia sólida como uma rocha: a dela, estar tão
doente; a sua, estar tão bem. Se ela estivesse melhor ou o senhor, mais doente,
então as estrelas não estariam tão terrivelmente cruzadas, mas é da natureza
das estrelas se cruzar.”
Se
você curte livros do tipo “montanha russa de emoções” não deixe de ler esse
livro. Fica a dica!
- A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars) foi eleito o melhor livro de ficção de 2012 pela revista Times.
- O livro está sendo adaptado para as telonas e estreia em 6 de junho de 2014 nos EUA. O filme será estrelado por Shailene Woodley no papel de Hazel e Ansel Elgort como Augustus Waters.
- Shailene Woodley doou os cabelos à organização Children With Hair Loss, que fornece perucas gratuitamente para crianças que perderam o cabelo devido ao câncer ou outros problemas médicos.
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